Um nó
Quando bate uma angústia que eu não sei nomear, saio em busca dela no mundo. Consumo todo e qualquer conteúdo disponível, seja ele do meu interesse ou não.
É como se procurasse do lado de fora algo que ressoasse com a dor de dentro. Como se ali fosse encontrar as palavras certas pra falar sobre o que sinto. Mas elas não vêm.
Quando termino, o filme, o livro, a série, a conversa, ou qualquer que tenha sido o alvo da vez, tudo que sinto é o vazio. A constatação de que nada se equipara ao emaranhado do peito.
Talvez o me entupir de luzes, vozes e outras histórias, que não as minhas, seja também uma forma de fugir. Com certeza é. E no empurrar com a barriga, essa bola de pelos na garganta cresce. Me ocupa a ponto de perder o ar.
E quando faltam respostas, eu olho pro espelho ou pro teto e me deixo absorver. Imóvel ou nem tanto.
Choro. Por que a "água" pra mim sempre é o princípio da solução. Lágrimas, suor e banho. Quando termino esse ciclo não me lembro muito mais qual era a angústia. Até ela voltar.
Mas a pergunta que me fica é a ponta de uma revolta. Por que assim e não diferente? Por que não depois? E por que o depois me leva ao precipício? Eu não sei.
Wallpaper Gratuito!
Opa! A newsletter de hoje veio com presente :D
Acabei fazendo a adaptação de uma das artes que ilustraram o texto para conseguirmos usar como wallpaper no celular.
Você pode baixar a imagem clicando aqui: FAZER DOWNLOAD
*vale lembrar que essa arte está disponível apenas para uso pessoal
"A água escuta e entende." Amei, como sempre você consegue transmitir sentimentos com sinceridade e intensidade!